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segunda-feira, 28 de junho de 2010

A perniciosa pseudo-cultura do Bullying


O que motiva uma pessoa, aparentemente racional, a sobrepujar outra, a qual lhe é, sob algum aspecto, inferior? Como o mundo seria melhor se não tivessemos comportamentos similares ao mais latente catalisador da covardia, concebido em sua mais crua e repulsiva forma. O lado negro da imperfeição humana a serviço da dor inflingida a quem deveriamos amar: o nosso próximo.

Nosso primeiro contato com o Bullyng se dá na escola, onde, no papel de vítima, deveriamos ser preservados. Nem sempre o papel de nossos orientadores educacionais é otimizado nesse sentido. O contrário disso, infelizmente, é mais rotineiro do que supunhamos. Muitas vezes estamos frente a inescrupulosos profissionais, chamados professores, que, aproveitando-se dessa sua condição, orquestram a degradação de uma criança.

A criança é uma aliteração hereditária de seus próprios pais. O que elas levam ao seu convívio social, desde a sua tenra infância, é reflexo do que elas aprendem dentro de seus próprios lares e, somando-se a isso, sua carga genética contribui, em muito, para a má formação de seu caráter. Diante desse último aspecto, o que deveria ser contornado é, não raras vezes, estimulado. A doutrina de que a vitoria se dá através da força, e não da pacificação, onde as diferenças devem se respeitadas, é tão útopica quanto real. Goebbels disse que uma mentira, repetida mil vezes, se torna verdade.

Enveredando pelo subjetivismo, o que nos é intímo, jamais, por mais que nos esforçemos, atenderemos ao mais inato modelo de perfeição. Sempre estaremos em uma zona intermediária de força e da vulnerábilidade.

Dentro de um contexto belico, quantas guerras não são diariamente deflagradas em uma contraposição subserviente a uma das mais belas virtudes: o altruísmo. Afinal, Bullyng não é restrito apenas à escola, onde xingar, bater, difamar e atirar lixeiras vazias na cabeça dos outros é comum, tendo muitas vezes, professores como cúmplices. Matar também é valido como sinônimo. Se centenas de milhares de civis inocentes devem morrer para que outros fiquem mais ricos, que morram então! (Essa é a crença!). Os israelenses são peritos nessa arte. Ligamos nossa caixinha de raios catódicos e nos deparamos com criancinhas chorando ao lado dos cadáveres destroçados dos seus pais, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.

Às vezes me pergunto qual é a margem de tolerância de Deus. Espero, sinceramente, que, quando ela se esgotar, eu não esteja mais nesse mundo. Será o dia em que a humanidade entenderá, na prática e de uma vez por todas, o que é justiça.

Abração.



14 comentários:

  1. ótimo texto

    parabéns

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  2. Sofre ou sofre bullying!

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  3. Texto muito inteligente. Parabéns!
    Eu já sofri bullying e sei que isso é um merda --'

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  4. Pq vc ainda acha que com tudo de ruim acontecendo ainda existe deus? E pior, que ele está tolerando isso?

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  5. Fui vitima de bullying na infancia.. creio que por conta disso, até hoje fico meio travada pra conversar com pessoas que não conheço ou com grupos grandes.. ao mesmo tempo que me tornei muito agressiva sem dar muita margem as brincadeiras, como se eu quisesse compensar aquilo pelo qual passei no passado... tenho muita sede de vingança... mas infelizmente o tempo não volta. Creio que quem comete bullying é porque não teve educação em casa... são crianças com pais irresponsáveis que ensinam a arte da bandidagem.

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  6. Parabéns pelo texto.
    Esplêndido.

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  7. Em primeiro lugar, quero dizer que fica difícil eu me reportar a cada um de vocês. Então, vamos lá! Antes de qualquer coisa, parabéns pelos sinceros comentários. Sim, o Bullying é uma merda, uma das maiores com a qual temos que lidar e, sim, eu já sofri Bullying, mas nada que, acredito eu, tenha comprometido a formação do meu caráter e o desenvolvimento da minha personalidade ou, muito menos, me deixado seqüelas. Eu, como todo homem que se preze, detesto a covardia e a injustiça. Curiosamente, eu também me sinto pouco à vontade em lugares com muitas pessoas, bem como me estender em conversas longas demais. Porém, eu não saberia dizer, com precisão, se isto pode servir de referência a um binômio de causa e conseqüência. Vingança não leva a lugar algum, pois a dor permanecerá intocável. O que pode acontecer é, acaso o desejo venha a ser concretizado, ela possa ser atenuada um pouco. Mesmo assim, eu desaconselho a vingança. Pais irresponsáveis sempre houve, sempre há e sempre haverá. Infelizmente, as crianças se moldam e se espelham nesses monstros. A autoridade de Deus não deve ser questionada. Ele não é um Deus permissivo e, muito menos, tolerante. Nada do que acontece de mal em nosso mundo é sob Sua batuta. O próprio Criador reconheceu que o homem não foi sua melhor criação, inclusive deplorando-o em um comentário, acredito eu, feito a Noé, logo após o dilúvio. Se Ele tolera, é para por fim um dia. Somos muito pequenos para entendê-Lo plenamente. Pense que se em seu coração houver amor e bondade, Deus fará com que o amor e a bondade chegue até você. Bj para as garotas, abraço para os rapazes (se houver!). Até a próxima.

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  8. Em minha humilde opinião.. as pessoas valorizam demais o Bullying, sofri bullying durante todo o ensino médio, pois eu não era bom na "educação física", e muito menos em outra matéria qualquer.
    Eu não era bom com as garotas, pois eu era considerado extremamente diferente, minha arcada dentária era saltada para fora, ou seja, DENTUÇO, feio, magrelo, tinha renite alérgica e vivia com corrimento nasal por causa disso, as pessoas mantinham distância de mim, e quando se aproximavam era apenas para me humilhar e mostrar o quanto eu era pequeno diante deles.
    Mas graças a MIM, e tenho muito orgulho disso, superei, e nem foi tão difícil, (nunca tive apoio da minha familia, pois eu não falava com meus pais sobre esse problema). Usei aparelho dental (corrigi um problema físico, não 100% mas uns 80% eu diria), fiz tratamento de renite (coisa que não tem cura, mas eu me cuido hoje em dia).. e por fim, a unica coisa que me fez crescer como ser humano ou seja lá como as pessoas denominam esse termo.. é o auto conhecimento, estudei meu corpo, estudei minhas atitudes, "criei" um temperamento mais forte, calmo, e frio do que eu era. E não me importo mais se algo desse tipo acontecer novamente.
    Afinal, o que faz de alguém forte, não é o quanto bate, mas o quanto apanha e ainda assim se levanta.
    O Bullying só me fortaleceu, e agradeço a cada dia por ter passado por isso, não me considero melhor, mas mais forte do que as pessoas que o praticaram comigo!
    Quem se deixa afetar por um problema desses.. é pq não tem bases fortes o suficiente para aguentar o mundo.

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  9. resposta à Anita: porque Deus não tem nada haver pelo simples fato de ele ter nos dado livre arbítrio, Deus é educado, ele não se mete na sua vida se você não permitir.

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  10. Este último parágrafo é uma pérola.
    O que te faz um filho especial?Teu umbigo tapando tua vista?Meio contraditório com o escopo do texto, não?
    E esse negócio de jogar todos os israelenses num mesmo balaio?
    Falou bonito, mas morreu na praia.
    Abre o olho, irmão.

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  11. olá pessoal! parabens pelo texto, Pablo! me identifiquei com o texto pq tbm já sofri bulling (nossa...mta gente ja sofreu). em função disso, até hj tenho receio de falar alguma merda perante um grupo grande e me falarem "dããã cala a boca". eu não sei exatamente o que significa superar esse mal, mas já se passaram 5 anos e...não tem como esquecer. eu tinha 14 anos, e como qlqh criança (ou pre-adolescente ou adolescente) é muito fraca emocionalmente. sei que se isso ocorrer novamente, sei la (imagina só!),eu vou estar forte e corajosa pra essa situação e mete um processo na fuça da pessoa não interessando o dinheiro, a unica coisa que basta é justiça. mas por outro lado, acredito que se não tivesse acontecido isso cmg, eu seria uma jovem mais desinibida, pq divertida eu sei que sou, porém não teria medo de me expor. eu precisava fazer esse desabafo, fico muito feliz por as pessoas darem a atenção e repercurção que esse assunto seríssimo merece, permitindo que pessoas como eu, como vcs possam desabafar. um abraço!

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  12. Elias,

    O Bullying é contextual, não sendo restrito apenas ao âmbito escolar. Em se tratando de guerras, dizemos que se trata de Bullying político e militar, sendo, na verdade, uma fusão de ambos. Analise a equação: EUA (Superioridade bélica, financeira, superpotência mundial) - Iraque e Afeganistão (Em comparação aos EUA, fraco em todos os aspectos, ou seja, nada satisfatório para uma luta em igualdade de forças - nações vulneráveis)- Resultado (civis afegãos e iraquianos mortos). É um choque entre a força e a fraqueza, onde sabemos quem sairá vencendo. Eu não disse que era um filho especial. Se, a partir do texto, você entendeu isso, me desculpe, pois não foi a minha intenção. Sou tão humano quanto qualquer outro. Quando me referi aos israelenses, de uma forma geral, você sabe que, na verdade, eu não estava me referindo aos cidadãos israelenses de bem. Pela sua própria conjuntura política, a nação de Israel atrai má fama para si própria, a começar pelo seu primeiro-ministro. Não foi minha intenção me contradizer no final. Tentei ser o mais coeso que pude.

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  13. Anônima,

    Que bom que você se identificou com o texto. Você ainda é nova e, tenho certeza, você vai superar tudo isso um dia. Fique à vontade. Abraço.

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  14. muito obrigada, Pablo! ah! e na linha 13 eu me expressei mal! eu teria, sim medo de me expor! euaheuahuah
    meu comentario é o quinto, contando com esse, de baixo pra cima! =D
    obrigada mesmo! abraço

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