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domingo, 27 de junho de 2010

O mal da eutanásia é a devassidão moral

Algum ser humano, em seu juízo perfeito, não importando sua condição, é capaz de optar por viver ou morrer? Reflita! Na última sexta feira, a Corte Fedral de Justiça da Alemanha ergueu uma bandeira onde, creio eu, eles acharam por bem não estampar a suástica em seu centro, talvez para não dar muito na vista.

Sob um manto de uma falaciosa, estúpida e imbecil decisão, o referido órgão brindou o mundo e a humanidade, santificando e abençoando, com o que eles chamam de "eutánasia passiva". Isso significa dizer, meu caro amigo, que se algum dia eu me tornar cidadão alemão e for acometido de, quem sabe, uma doença terminal ou sofrer um grave acidente, e precisar ser mantido vivo por uma parafernalha médica, bem como passar a considerar, por causa disso, que minha existência passou a ser indigna, eu vou, veja bem, poder MORRER, tendo meu algoz particular, legalmente instituido, para me dar uma forcinha.

Óbviamente estamos falando de uma curiosa e peculiar fusão de suicído com assassinato. Usei, no primeiro parágrafo, a expressão "juízo perfeito", mas nem o "imperfeito", travestido de uma notória e patente confusão mental, pode servir de subsidio para essa desgraça. Se o mundo passar a achar isso bonitinho ou interessante, o apocalipse está mais próximo do que eu julgava estar.

Nunca perca de vista que estamos falando de nosso bem mais precioso, primordial sob todos os aspectos. Depois dele, tudo, absolutamente tudo, em nossa vida é meremente secundário. Jurisdicionalmente tutelada por Deus, a vida está sob julgo Divino. Não nos cabe qualquer margem de escolha ou ponderação acerca da sua viabilidade, ou não, de ser mantida e preservada, não importando o contexto. Só Ele pode conceder; só Ele é capaz de retirar.

Não tomemos como exemplo os célebres e famosos casos de Ramóm Sampedero, cuja biografia foi brilhantemente retratada no filme Mar Adentro, e de Terri Schiavo, cujo histórico médico apontava para um comprometimento de suas faculdades mentais decorrentes de uma atrofia cerebral e um ataque cardiaco proporcionados por anos e mais anos de anorexia e bulimia. Muito pelo contrário. Esqueçam isso. Isso é a mais covarde e desonrosa fuga que um ser humano pode empreender. Uma afronta a Deus.

Pensem em Jean-Dominique Bauby, o jornalista francês que, mais do que ninguém, levantou a bandeira da vida através da sua autobiográfia intitulada O Escafandro e a Borboleta, onde ele nos mostrou o quão belo e poético é, simplemente, estar vivo. Acometido de um AVC e vitimado pela chamada Sindrome do Encarceramento, suas faculdades mentais permaneceram plenas e preservadas. Bauby perdeu todos os movimentos de seu corpo, à exceção da musculatura de sua palpebra esquerda e, através de um método criado por sua fonoaudióloga, ele conseguiu "ditar" seu livro, letra por letra, através, tão somente, do movimento desse seu órgão. O grande e inesquecível Bauby nos deixou, vitimado por uma pneumonia, dez dias após o lançamentos do seu livro.

Pensem nisso!

Abraço.





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