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terça-feira, 15 de junho de 2010

A importância de amar

"Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção". É incrível como a definição de amar é tão contundentemente retratada pela inteligência salomônica de Antoine de Saint -Exupéry, a quem podemos, sem medo de errar, atribuir uma sensibilidade, não raras vezes, quase palpável.

Depois de sabe-se lá quanto tempo e por um motivo qualquer, resolvi ler mais uma vez "O Pequeno Principe", o que me emocionou muito, tanto quanto as outras vezes em que o li. Talvez seja o livro infantil mais adulto que uma pessoa já conseguiu escrever e, além do que, as crianças o amam, pois só a pureza de suas almas, alicerçada na inocência delas, é capaz de traduzir todas as metáforas presentes no livro. Afinal, duvido que você, adulto, fosse capaz de compreender o amor como Rebecca, uma criança de oito anos, que assim o definiu: "Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô, dese então, pinta as unhas para ela, mesmo quando ele tem artrite", ou como Karl, um garoto de cinco anos, que assim o compreendeu: "Amor é quando uma menina coloca perfume e o menino coloca loção pós-barba, aí eles saem juntos e se cheiram". Nós, adultos, teremos que nos contentar se conseguirmos, sequer, chegarmos perto de entender o que, de fato, signifca amar.

Não é verdade que se nossa flor morresse seria como se todas as estrelas do Céu tivessem se apagado? Não importa como ou quêm ela seja, pois, se ela, em algum momento de nossas vidas, despertou algo dentro de nós, que muitas vezes desconheciamos ou ignorávamos, ela será insubstituível, pois só ela foi capaz de nos resgatar do vázio que a falta de amor é capaz de provocar.

E a lição da raposa quando explicou ao princepezinho a importância de cativarmos quem amamos? Foi ela que o fez compreender que, ainda que houvesse milhares de rosas no mundo, em nada elas seriam parecidas com a flor do Pequeno Príncipe, pois ela já foi cativada, ao contrário das outras. Como dito no livro, as rosas podem ser belas mas, se ainda não foram cativadas, são vázias.

Sim, nós somos eternamente responsáveis por tudo aquilo que cativamos e, se queremos que alguém nos diga para sermos previsiveis e chegarmos a uma determinada hora, para que seja possível a ela começar a ficar feliz uma hora antes e, que quando chegasse o momento exato, ela já estivesse transbordando de contentamento, será necessário que cultivemos os mais profundos e resistentes laços de amor e companheirismo, além de nos doarmos de todo coração, pois, sem dúvida alguma, essa flor fará com que nos sintamos a mais completa das pessoas.

Abração!

Rumo ao Hexa!




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