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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Por que sou contra o aborto



Mamãe? Por que você fez isso comigo? Por que você me tirou a possibilidade de, tão somente, existir e me tornar um ser humano? Nunca quis seu amor, até porque ele nunca existiu. Tenha certeza de que eu jamais a obrigaria a nutrir tal sentimento por mim. No entanto, saiba que a recíproca, acaso fosse possível, seria verdadeira. Se você revisse sua fria e desumana posição em relação a mim, gostaria que você me desse a chance de viver. Nada mais! Você está me tirando o que Deus me deu. Isto é certo? Você quebrou o voto de confiança que Seu criador a concedeu. Você me tirou o que nunca foi tirando de você. Como você é indigna, mãe! Deus a escolheu para ser o instrumento de algo tão belo, e você não honrou com esse Seu propósito. Considerando sua deprimente personalidade, é bem provável que eu desça por uma privada imunda de uma clínica clandestina de fundo de quintal, indo parar na minha futura casa: um esgoto incrivelmente sujo e pestilento! A única coisa que eu tenho a desejar a você, se isso vier a acontecer algum dia, é que o remorso tome seu coração e corroa toda a sua alma como o ácido mais corrosivo do mundo. Lamento que você seja assim.


O que um embrião humano, a ponto de sucumbir a um aborto, não seria capaz de dizer a sua genitora? Imagino que não seriam as palavras mais doces do mundo. Pelo menos essa seria a minha postura, acaso minha existência fosse inviabilizada contra a minha vontade. Não seria hipócrita de dizer o contrário. Se tivesse a oportunidade, peticionaria a Deus para que descesse o mais sádico dos castigos sobre aquela pessoa. A latente e necessária capacidade de perdoar, dentro de tal contexto, demandaria forças incrivelmente sobre-humanaas. Sinceramente, desconfio estar aquém de tal capacidade.



Sempre fui a favor da liberdade sexual de uma mulher, independentemente de seu comportamento em relação ao sexo ser promiscuo ou não. Se elas são mais saídinhas ou mais comportadas, é algo que vai dizer respeito tão somente a elas. Uma mulher é livre para fazer sexo com quer que seja, esteja ela bêbada, drogada ou lúcida, desde que partamos do princípio de que ela não foi forçada a usar tais coisas. No entanto, é cediça a opinião de que sexo irresponsável acarreta conseqüências. Uma gestação não programada é uma delas. No entanto, reitero que você perceba que ninguém age conduzido(a) por um engano. É intolerável que uma futura mamãe busque, a todo custo, se despojar dessa sua condição. Afrontar a Deus não me parece ser uma decisão acertada e, muito menos, inteligente. Quando a ira vem do Alto é complicado.

Por fim, não vou me estender no assunto da gestação decorrente de estupro ou abuso sexual em qualquer contexto, bem como uso de células tronco embrionárias, concebidas pelo método da fertilização in vitro, pois acho que, pelo menos nesse tocante, os casos que vierem a acontecer devem ser ponderados com muita cautela. Pelo menos nesse último caso, só quero dizer que um embrião humano jamais perderá essa sua condição sob o argumento de que não ocorreu nidação. Um óvulo fecundado por um espermatozóide está sob tutela divina, e interceder nisso é um ato tão imbecil, desumano e vil, quanto perigoso.

Forte abraço.



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