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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Por que nosso governo atual não é legal


Na tentativa de encontrar um eufemismo para filho da puta, canalha e escroto, cheguei a uma desagradável conclusão: ou não existe, ou meu vocabulário é vergonhosamente restrito. Não vou qualificar tais adjetivos a X ou Y, mas simplesmente dizer que, no mais inexpugnável recesso do meu caráter que, aliás, é a minha melhor qualidade, hoje me sinto traido pelos meus concidadãos pois, pelo menos na teoria, ainda somos titulares plenos da soberania democrática de nosso país.

Não quero parecer demagógico ou ficar cantarolando as notas de um disco arranhado, mas não custa nada reiterarmos o fato de que somos vitimados por uma das mais extorsivas cargas tributárias impostas a países emergentes (aí, sim, temos um eufemismo para países fudidos).

Diante de tudo isso, o que você teria a dizer de um governo que a, todo custo, às vesperas do pleito eleitoral, quer parecer bonzinho ao dar um reajuste de pouco mais de 7% a aposentados e pensionistas, pessoas que passaram suas vidas trabalhando para custear o papel higiênico que nossos legisladores e governantes usam para esfregar em seus respectivos traseiros? Não estou querendo dizer que, e isso fique bem claro, o reajuste devesse ser maior ou menor, pois não sou a pessoa mais indicada para analisar esses dados, mas que a noticia fosse dada com neutralidade, haja vista seu caráter, nada mais nada menos, obrigatório.

Pessoal, nossa segurança pública está caótica, com as drogas imperando na mais absoluta violência e desordem. Nossos irmãos trabalhadores não têm o que dar de comer aos seus próprios filhos. Eles estão morrendo em filas de hospitais depois de pagarem, por cada ano de suas vidas, quase cinco meses de impostos, sendo tratados como insetos. Essas pessoas nada mais nada menos do que meros peixinhos vitimados por uma involuntária ignorância alimentada pelo governo que, com sua vara de perscar, os alimenta com uma isca chamada bolsa-família.

Nossa questão ambiental está critica. O que será de nós quando não mais tivermos a floresta amazônica, o pulmão do nosso planeta? Nosso Seinfield barbudo e de lingua presa comparou a questão ambiental a um exame de prostata, pois, para ele, nem uma coisa nem outra dá para ficar virgem a vida toda. Significa dizer que, cedo ou tarde, eles vão enfiar o dedo no cu da gente. Então, se é para enfiar, que enfiem logo de uma vez. Parabéns! Foi esse homem que mandou na gente por oito anos, chefiando pagadores de mensalão e guardadores de dinheiro em cueca.

Ao contrário do que, talvez, você esteja pensando, não tenho orientação politica, nem partidária. Isso significa dizer que eu não voltaria nem mesmo no Tubarão Serra que, na imprensa de um modo geral, o qualifica como um conhecido assecla do senhor FHC. Este aí, por sinal e, para efeito de curiosidade, foi um dos relatores de nossa constituinte. O então senador FHC , gozando de toda influência e prestigio de que dispunha, tentou emplacar uma proposta redacional na nossa constituição onde se instaurava o parlamentarismo em nosso país, sem nem mesmo nos submetermos àquele plebiscito realizado no dia 21 de abril de 1993. Até a votação no plenário ele tentou dificultar. Para resumir, acaso isso tivesse vingado, seria dizer o mesmo que, em um episódio recente de nossa história, nós teriamos nossa chefia de governo nas mãos de um senhor engraçadinho que atendia pela alcunha de Severino Cavalcanti. Lamentável, não? Esse aí, com você sabe, também tomou conta da gente por oito anos.

Resumindo, quero encerrar dizendo que, não hoje, mas em um futuro próximo, talvez a minha ou, quem sabe, a sua geração, haverá de encontrar e plantar, onde quer que ela esteja, uma semente chamada esperança, a qual deve estar esquecida em algum lugar, simplesmente esperando para ser encontrada.

P.S. - Desculpem os palavrões.

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